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domingo, 26 de setembro de 2010

CORPOGRAFIA URBANA



Oficina

CORPOGRAFIA URBANA


Ministrante

Prof. Arq. Dr. Eduardo Rocha


As corpografias urbanas são as marcas deixadas sobre o corpo durante seus movimentos errantes pela cidade espetáculo. É um método emergente dos chamados percpetos ambientais, que diferentemente das percepções que perseguem um sujeito idealizado, o corpografo urbano perambula junto, para redescobrir experiências cotidianas que poderão legitimar e atualizar projetos urbanos idealizados. As errâncias urbanas aqui imaginadas como as experiências de atirar-se no mundo e na cidade enquanto corpo.

“uma corpografia urbana é um tipo de cartografia realizada pelo e no corpo, ou seja, a memória urbana inscrita no corpo, o registro de sua experiência de cidade uma espécie de grafia urbana, da própria cidade vivida, que fica inscrita, mas também configura o corpo de quem a experimenta” [Paola Jaques, portal vitruvius].

Objetivo

O objetivo da oficina é o de registrar e diagnosticar o borrão de movimento capturado pela câmera nesse tempo-lapso, onde se pode dar visualidade há alguns aspectos invísiveis da cidade sensível.


Procedimentos metodologícos

Para tanto a metodologia propõe os seguintes momentos [em duplas]: 1- definição do corpo [quem?]; 2- delimitação do trajeto [de onde para onde?]; 3- captação das imagens da errância; 4- decodificação das imagens em frames [com windows movie maker]; 5- montagem do poster/diagnóstico [em corel draw/arquivo fornecido].


Diagnóstico [5 PONTOS AVALIAÇÃO]

CONEXÕES

Esse trecho fez uma boa ligação entre os lugares onde o corpo quis ir? Quantas ligações percebemos na seqüência?

CONVENIÊNCIA

Essa rota foi direta, fácil? O corpo teve que esperar [parada por ex. para atravessar a rua]? Quantas paradas percebemos na seqüência?
CONVÍVIO
O trecho é atraente, variável, seguro, iluminado? Quantos outros corpos encontramos na seqüência?

CONFORTO

O passeio da conta do numero de pedestres? Existem obstruções? Qual a qualidade do passeio? Quantas obstruções encontramos no caminho?

VISIBILIDADE

Qualidade do cenário. Tratamento das superfícies. Quantas paisagens diferentes percebemos na seqüência?

3 comentários:

Jacqueline Calazans disse...

Olá, gostaria de entrar em contato com o prof. Dr. Eduardo Rocha, para trocar informações de pesquisa de interesse comum. Poderiam me passar um e-mail de contato por favor?
Desde já agradeço!
Jacqueline Calazans

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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O que são arquiteturas do abandono?

As arquiteturas do abandono compreendem desde edificações desabitadas, ruínas, restos de construção como também favelas, resíduos, sujeitos excluídos e tudo que até o desprendimento da matéria poderá nos levar a sentir e a pensar.
Num primeiro momento, apenas uma casa abandonada, em qualquer lugar, vizinha a tantas outras, nossa vizinha. Por ela, passamos todos os dias, caminhamos pela rua, a qual também acumula a sujeira, os restos, o capim. Tudo ao redor dessa casa, saindo pelas frestas, ruindo o reboco. A casa lar que antes abrigava uma família, agora se abre aos desabrigados, aos vagabundos, aos bandidos. Abandona-se ao bando.
Uma fábrica abandonada ou uma fábrica que abandonou muitos, uma enorme massa construída, onde o trabalho parou, mas sente-se ainda o movimento dos operários e o som das máquinas. Das máquinas enferrujadas que não produzem mais nada, apenas as carcaças envoltas em teias de aranha, recoberta por muita poeira. A poeira que entra pela boca, que resseca, que nos cega a vista, que esfuma. Fábrica abandonada por todos, mas que deixa toda a sujeira para trás, dos restos radioativos que podem provocar doenças, até os resíduos que servem de ganha pão para outros. Tudo arruinando e curando: fábrica, máquinas, resíduos, pessoas.
Todo o resíduo e entulho podem escorrer, migrar de um lugar para outro, pingar, deixar-se levar, contaminar o que não é abandonado, assim como o movimento de abandonar, de deixar alguma coisa em detrimento de outra. No edifício, a função vai embora e fica a forma abandonada.
Matar ou curar. Finito e infinito ao mesmo tempo. O tempo dos abandonos pode ser longo como o de uma ruína ou rápido como o de uma implosão. Difícil de ser medido e quantificado. Tudo pode ocorrer numa fração de segundos ou lentamente, como se não passasse de uma longa espera. Abandonar é largar a deterioração ao apodrecimento, ao mofo.
Também um resto de parede que teima em ficar de pé, que teima em permanecer. Mesmo com a chuva e o vento que lavam, dentro e fora, teimem em abatê-la. Uma ruína, um resto arruinado, não aquela ruína histórica, mas uma ruína fruto da supressão da própria história. Uma superfície arenosa e abandonada, transformada em deserto em meio à vida cotidiana das cidades.
Uma cidade é repleta de abandonos, por todos os lados, e de abandonados também. Eles estão ali perambulando pelas ruas, pelas calçadas, adentrando edifícios abandonados, encontrando-se, cara a cara conosco, Ás vezes desviamos, pulamos sobre eles, os abandonados cheiram mal, faltam-lhes dentes, e todos os objetos de consumo que tanto ansiamos.
O campo de ação das arquiteturas do abandono é amplo e, muitas vezes, caótico, abarca a matéria e a imatéria. Abandonamos materialidades, prédios, ruínas, restos, objetos, coisas, tudo o que possamos tocar, roubar, quebrar ou assassinar. Tudo muito elementar, muito óbvio.
No entanto, abandonos são também imateriais, do campo, do que não podemos mensurar. O abandono imaterial é do campo dos sentidos, dos desejos ou das sensações. Só há abandono material, porque há abandono imaterial, um se alimenta do outro. É corpo, é alma. As arquiteturas materiais do abandono podem ser as forças que nos sacodem para os abandonos imateriais. Como nas artes visuais ou na música, que atravessam nossos corpos. Abandonos também são capazes de desencarnar dos corpos arquitetônicos e habitar a fronteira, o escape, a fuligem.